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NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

01
Abr12

OS SEIS SENTIDOS DA MULHER...

NEOABJECCIONISMO
****
OS SEIS SENTIDOS DA MULHER
******
olhar-se no espelho
e ver-se a si
activista da humanidade
não o rosto belo
ou feio
que os homens mimam com o olhar
ou rejeitam num trejeito
mas ver
um ser ainda ingénua
num mundo de fantasias reais
tantas vezes mergulhando
em absurdas contradições
tocar-se
*
sim o absurdo
olhos nos olhos
olhar-se
e rir-se
para lá do mar revolto
que angustia
quando queremos serenidade
os dedos pelo rosto
sentir-se a sentir
e pelo corpo
sentir-se a rir de dentro
golfadas de riso em lágrimas
ouvir-se
*
sem cremes de dia
nem de noite
sem pintura nos lábios
nem nos olhos
sem roupas extravagantes
nem lingerie sofisticada
sem saltos finíssimos
nem pedantes
sem submissão a deuses e machões
nem rivalidades possessivas
sem declinar a dimensão de mãe
nem o fascínio de ser mulher
cheirar-se
*
o sexo
o suor provocado pelo esforço
de não se saber
quanto de aventura quanto de excesso
ou de penúria
o hálito dos vermes que purifica
a mão em concha
ou o lábio inferior sobreposto
o ânus flatulências
amar tudo o cheiro menstrual
amar-se no seu desconhecido
às vezes desvirtuado por aromas inversos
saborear-se
*
a língua o sangue
o odor da vida e da morte
sobre a pele
que odores ao longo do dia e da noite
quando amamos
quando sofremos em silêncio
quando nos violentam a intimidade
quando amamentamos
ou no deleite dos prazeres
o beijo
lamber-se banquetear-se de si
apetecer-se plena infinitude
pressentir-se
*
pressentir
a falsidade a maldade
o acontecimento medido 
no sentido inverso do que se deseja
que caminho num labirinto
que ideia numa encruzilhada
pressentir o risco e decidir a confiança
ouvir o som do que dizem
cheirar a febre das palavras
tocar o arrepio
lamber a emoção
olhar bem dentro dos olhos
ter a sensação do devir
*
autor: jrg
21
Jan12

INTENSIDADE...

NEOABJECCIONISMO
foto de carlos ribeiradn.wordpress.com
*
INTENSIDADE
*
em cada despertar
cada eu de mim meu banho
as mãos pelo corpo
o sexo amolecido a boiar
nariz húmido ranho
eu ainda um sonho ou morto
a me e te ressuscitar
*
abro o chuveiro 
sinto a água ficar tépida
voluptuosa
a percorrer-me quase inteiro
adormece-me rápida
inebriante o teu perfume rosa
meu sonho ordeiro
*
seco a alma nua
vestir uma roupa de quê
tom textura cor
vestir-me de ti ainda crua
boca olhos sexo ponto Gê
fecundo de amor
sol noite madrugada lua
*
raspar os pelos
a olhar-me do lado de fora
nos meus lábios 
isentos rodeados de espuma
os teus beijos selos
nas memórias de ti agora
os sorrisos  sábios
a volúpia do toque que se esfuma
*
que fica a pairar
bem dentro onde te aninhas
e onde me revejo
artista louco rema remar
entre palavras minhas
no silêncio paz do teu beijo
meu odor salivar
*
assim todos os dias
é tempo de chegar e de partir
na azáfama de viver
abjectos entre risos alegrias
recalque de sonhos a ruir
e a esperança teima em alvorecer
em cada banho fantasias
*
no espelho ainda eu
recortado espectro nele saliente
quem se importa
senão tu meu inviolável véu
coberta transparente
mundo colorido em minha rota
suspensão cósmica no céu
*
autor: jrg
20
Fev10

"QUANDO UM HOMEM SE PÕE A PENSAR!..."

NEOABJECCIONISMO

a lua é um fio dourado em foice crescente

a noite fria no silêncio da cidade

falamos de amor no jardim da alma transparente

trocamos beijos carícias sensualidade

 

em cada noite atraídas pelo luar

as palavras se libertam dos ancestrais conceitos

escorrem pelos corpos docemente devagar

deleitam-se e entram persistentes em nossos peitos

 

já não se ouvem grilos nem o cantar das cigarras

por sorte ainda cintilam no céu estrelas

damos as mãos sorrimos quando me olhas ou agarras

desembrulhamos segredos ocultos nas almas belas

 

lembro de ouvir dizer aos cientistas

que a máquina viria devastadora substituir o homem

gerando abastança e desgraças nas conquistas

dum lugar seguro entre blocos de cimento e a desordem

 

lembro que a ideia era dar tempo à vida se realizar

reduzir o esforço e a carga do horário

enriquecer o homem no lazer em sabedoria e em pensar

não era atormenta-lo com encargo e sem emprego triste binário

 

entre o tempo de pensar e o deleite de amar

a lua percorre a sua rota envolta de magia

sorri e tem olhos que entram na alma para a encantar

tem um halo de mistérios que nos provoca e inebria

 

porque viemos que tempo é este que nos espera

enlaçamos os corpos na ansiedade da procura

sabemos que o homem deixou de pensar que desespera

que entregou à máquina esse esforço sem alma nem ternura

 

autor: JRG

 

 

 

 

 

  

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