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NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

20
Set11

RES (PUBLICA) DO BANANAL...

NEOABJECCIONISMO
foto:portugalfotografiaaerea.blogspot.com

RES (PUBLICA) DO BANANAL

«««//»»»

quando Zarco  Perestrelo e Vaz Teixeira
acharam na sua rota náutica
sobressaindo do mar altivo justo penedo
as ilhas desérticas da Madeira
ali vaticinaram no futuro a boa prática
tecendo em densa teia o enredo
que viria a dar  autónoma bandalheira
**
a origem já então omissa... dos povoadores
envolta em bruma não se conhece
nem porque trocaram a lavoura por turismo
havia escravos prisioneiros e tutores
a navegar à bolina na mercê que amanhece
amálgama promiscua do iluminismo
de onde surgiram os maiorais e os doutores
**
à ilha então chamada de pérola preciosa
aportaram vorazes oportunistas
numa mixórdia de interesses incontinentes
não chegava parecer maravilhosa
na exuberância dos recortes paisagistas
podiam ser d'insularidade utentes
criando um feudo autónomo de forma graciosa
**
não se conhece perdoem se os houve ou há
figuras de vulto da Lusitana cultura
nadas e criadas na surreal e vã autonomia
Herberto viveu fora dos genes era Judá
a ilha é tão brilhante que ofusca a partitura
nem no jardim floresce a flor da poesia
rola a bola o insulto jogados à mesa do Xá
**
mas tem uma livraria a fundação esperança
tida como das maiores do mundo
habilmente gerida de modo a lucro repartir
não por quem nela trabalha e afiança
serve os interesses laico-religiosos do feudo
poupa impostos vê os ganhos a subir
ali humilham os cultos até dói a uma criança
**
livros presos por alfinetes em cordas d'estendal
nos espaços palacianos displicentes
cruzam-se linhas nas salas e escadas nichos 
capas amarrotadas Pessoa Sthendal
a mesma megalomania dos luxos nascentes
Camões a um canto roído de bichos
Torga Cesário Eça Antero o Hino Nacional
**
de pérola natural resta-lhe a zona franca baluarte
do turismo finança e indústria de betão
é demasiado luxo para um país pobre endividado
a beleza desvirtuada nem mima a arte
nem há humanidade de gente com bom coração
mulheres tristes suspiram por namorado
seja do continente ou de uma qualquer outra parte
**
a ilha foi achada não custou vida a ninguém
teve custos foi pelo povo prendada
em suor privação usos costumes pitorescos
tanto mar mal se avista quem a tem
perdem-se os anos por um Jardim arrendada
gastos dívidas lucros principescos
mixórdia de sentimentos que a alta finança tem
**
caiu o pano a Jardim se pano ainda havia
é Zé do Telhado o mito continental
sacou aos ricos patronos até que empobrecidos
pediram contas à enclítica parceria
são bananas pá terá dito a Sócrates sobre a despesa brutal
agora paguem a factura e os juros já vencidos
que vou dançar o bailinho para outra freguesia
**
não colhe o preconceito de unidade nacional
nem um povo nem o outro o reconhecem
e ao mundo global só interessa a dinheirama
privatize-se a terra e o título RES-PUBLICA DO BANANAL
são gente que à sombra d'alguém crescem
enfeudados ao Jardim que lhes mitiga a derrama
que sonega com astúcia ao erário nacional
**
EPÍLOGO
*
na fábula só a ilha é verdadeira
tudo o resto é fantasia
de uma mente cansada e insana
que vê dotes de rameira
nas brumas de oculta maresia
onde a maldade humana
se branqueia na luxúria prazenteira
*
autor: jrg
10
Set11

TERRORISMO !...

NEOABJECCIONISMO

TERRORISMO !

 

a palavra terrorismo não me sai da memória...

 

eram terroristas os cruzados que sob a égide de um deus maior, espalharam a mortandade contra os ditos infiéis de menor idade, destruiram testemunhos, anexaram gente e lugares à sua causa de expansão maciça, pelo saque e mordomias vitalícias...

 

 eram, são terroristas os homens que na África colonial Portuguesa exigiam a retirada dos ocupantes de há 500 anos, que os dominaram pela força do Cristo e a das armas...,que os escravizaram e às sua famílias ou afins..., que os incitaram no ódio feroz de uns contra os outros..., que os domesticaram, suprimindo os direitos básicos de humanidade e os emboscaram na sua própria terra...que violentaram as suas mulheres...as suas crianças...em nome de desígnios civilizacionais do absurdo...

 

eram, são terroristas os Americanos que despejaram as bombas atómicas sobre as populações indefesas de Hiroshima e Nagasaki, em nome de princípios hegemónicos expansionistas...que espalharam Napalm sobre pessoas na Indochina, no Vietnam, no Camboja...que produziram efeitos colaterais maciços, no Afeganistão e no Iraque, e expandiram o medo sobre os detractores da sua política hegemónica...

 

eram, são terroristas os Alemães que suprimiram milhões de pessoas, apenas por serem diferentes e ostentarem valores que o seu nacionalismo não comportava...que condenam os povos da Europa subsidiária, ao vexame de serem tidos como incapazes, vitimas das leis de mercado que eles próprios criam e alteram, segundo as suas conveniências de momento 

 

eram, são terroristas os Israelitas que por cada rocket lançado pelos Palestinianos, invadiam, destruíam habitações e matavam milhares de pessoas, em nome da defesa do seu território , usurpado por meios de engenharia político-jurídica e sob o beneplácito das potências 

ocidentais...criando um clima de ódio e contestação sobre o seu próprio povo...

 

eram terroristas os "coronéis" da vasta Nação Brasileira, que subornavam senadores, tratavam os seus escravos a chicote, devastaram a 

 floresta Amazónica, contratavam jagunços para impor a sua lei da força bruta, sob os cânones dos representantes do Cristianismo...os que criaram o império das favelas...e a sordidez dos negócios obscuros entre a lei e o sub-mundo dos narco-traficantes...

 

eram, são terroristas os que maltrataram crianças, abusaram da sua inocência, os recalcaram no surgimento da sua plenitude existencial, pela força da sua ignorância, face ao que somos, quem somos e o que fazemos aqui...na inconsciência da sua efémera passagem pelo estado de vida...

 

eram, são terroristas , os homens ciosos da sua masculinidade, que violentaram mulheres, as humilharam, as condenaram à submissão contra natura do casamento, as aviltaram na sua qualidade de mulheres, amantes, mães, segundo os seus padrões, conceitos e pre-conceitos, que visavam a preservação do seu domínio machista, ante a evidência da sua própria fragilidade, num mundo desconhecido em movimento...

 

são terroristas os especuladores financeiros, agiotas legais do mundo inteiro, que exercem uma ditadura feroz sobre os povos financeiramente dependentes, que se deixaram deslumbrar pela sua magnificência da abastança, e que ao pressentirem o limiar de uma nova era que se anuncia, baseada no conhecimento profundo dos elementos nocivos e da simplicidade que deve nortear a evolução da humanidade...ensaiam uma manobra desesperada para conter as chamas do fogo que alastra sob o manto da sua fantasia ...

 

as sociedades humanas, as ditas mais evoluídas, mantém intactos os instintos de barbárie que ao longo da história da humanidade sempre 

eclodiram quando são confrontadas com as suas insuficiências natas ou degenerativas...cada pessoa é um potencial troglodita..dêem-lhe poder...achem-lhe graça ao picaresco das suas atitudes...mas também os elementos dum governo moderno...e dos grupos de interesses que lhes dão a cobertura mediática e circunstante à sua actuação, tantas vezes de terror, quando exercitam, sobre a população "menor" que avaliza pelo voto as promessas de justiça e evolução do bem estar, as medidas que afligem e condenam à insegurança psíquica, aqueles que são o objecto da sua própria existência... 

 

o terrorismo, sendo uma sequência de mentes doentias, só se combate pela inteligência, pela erradicação da pobreza, pela desmistificação do estado como hoje o entendemos, pelo aprofundar do conhecimento, pelo exercitar da memória profunda, pelo uso da nossa consciência face à sensaboria dos doutamente iluminados... 

 

se eu fosse cão, latia espavorido, ante a eminência da mudança profunda...

se eu fosse gato, assanhava-me, ante a turbulência gerada pela ganância...

se eu fosse galo, cantava, ao despertar da consciência da nova alvorada...

 

autor: jrg

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