MANIFESTO POÉTICO
ouviu por estes dias relatos horripilantes
leu na internet testemunhos da cruel realidade
o poeta que pensava ter do mundo uma visão correcta
com as ditas ajudas solidárias às almas sobreviventes
estarreceu ao conhecer a nudez forte da verdade
e deu um grito de alerta a todo o Planeta
o Haiti é uma mancha macabra da humanidade
uma pérola da miséria humana dos teres e dos haveres
o controlo Americano é a vergonha dum povo em declínio
há povo que come e bebe os restos da promiscuidade
ante a beleza exuberante da paisagem o exercício dos poderes
não há eras de glória quando à volta se espalha morticínio
que se cale dos G-7 oito ou vinte a vil cobiça
que se erga em uníssono a voz possante da multidão
contra o sobre mundo altivo que de falinhas mansas nos cativa
espalharam medos drogas pandemias guerras de carniça
usaram povos numa escravatura moderna de afeição
estão a nu o homem livre já sabe o que os motiva
é o tempo certo de sacudir de vez do verbo haver
toda a pressão da propaganda que nos aglutina o pensamento
convoco os sábios a unirem os pontos mestres da razão
que o homem desesperado ao encontro da resposta diga não ao ter
convoco as mulheres a assumirem a liderança do momento
não há mais tempo não pode morrer mais gente na ilusão
o poeta agita-se na levitação da alma sem parar em seu redor
Haiti Uganda Palestina Brasil Índia África Portugal
e quantos mais paraísos turísticos abissais
em cada país dito civilizado e de primeira instância há um terror
o da insidia perversa que submete a natura ao virtual
já se ouve um clamor são vozes de mulheres são sinais
autor: JRG