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NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

14
Jan13

DISSESTE-ME...

NEOABJECCIONISMO
Botticelli
*
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DISSESTE-ME...
***

disseste-me
que em Março era Primavera
e faltava tanto tempo
contei os dias que pareciam anos
e eram apenas dias
mas tantas as palavras e os actos
que torturavam minha alma
que temia não ter tempo de alcançá-la
mitigado na afronta
que o poder dos deuses me infligia
*
disseste-me
que uma nuvem de esperança
um novo humanismo
vestido com a sabedoria feminina
aniquilaria os tiranos
com um toque cósmico de consciência
olhei o céu segui
a rota dos ventos e correntes de marés
e eram negras as nuvens 
no silêncio compacto do meu grito
*
disseste-me
não desistas nunca de sonhar
sem dizer que sonhaste
não vá o papão acordar e taxar os teus sonhos
ergue um muro de coragem
à volta das oníricas instantes imagens
aperta mãos cinge corações
agita pensamentos almas profecias
onde houver gente a dormir
ateia fogos de revolta que fertilizem liberdade
*
disseste-me
que em Março renascia a Primavera
sublime de encanto paz amor
envolta num sol resplandecente de luz
rompendo a treva o pesadelo
mas tarda estou descompensado em agonia
faminto de decência e de justiça
carente dos valores que dão sentido à vida
apetece-me não ser desta espécie
emigrar a alma deixando o corpo apodrecer
*
disseste-me
não partas precisamos de ti à mesa
onde celebraremos a vitória
envenenámos o sangue que eles nos beberam
não tarda suplicarão a sua morte
vomitarão a nossa dignidade que engoliram
asfixiados na mentira
precisamos de ti no banquete à despedida
na toca das feras desavindas
põe a mesa dispersa o pão e a água
*
disseste-me
bem te ouvi amiga vigorosas as palavras
mas eu já estava amortalhado
amanhã seria já tarde porque era ontem o tempo
da orgia sangrenta à liberdade
abriste um hiato na treva que então me levava
átomos de luz catársicos
porque eu era os demais desesperados
eu era o desperdício
pela bandidagem de governo descarnado
*
disseste-me
levanta-te a Primavera está à tua espera
refulge no acordar da madrugada
tantas amigas em volta me encarnando
era delas o pensamento novo
lusas gregas d'itália francesas e espanholas
eslavas hindus americanas chinocas
árabes oceânicas numa tela gigantesca a adejar
acreditei de novo agora com sentido
era de África o som que ouvia vindo do passado


autor: jrg
31
Dez12

2013

NEOABJECCIONISMO
foto pública tirada da net
2013
***
A Esperança, toda a Esperança, reside na nossa capacidade de resistir, de criarmos alianças com outros povos, de declararmos guerra às formas de governo ditatoriais  ainda que mascaradas de democracia...está aos olhos de todos que a chamada democracia está a ser subvertida por este governo em Portugal, hoje...
O que importa é o que nos une, o direito a sermos tratados com humanidade...as diferenças são trocos que devemos habituar-nos a juntar para uma unidade futura...
Está em curso uma mudança cósmica de grande dimensão…adivinham-se convulsões que abalarão os sistemas de organização humana, há hiatos no e de pensamento, uma revolução de natureza global, vinda da base para o topo da ancestral pirâmide dos poderes, político, económico e financeiro que transformará a vida no Planeta…
O estado em si, através dos governos, deixou de ser uma pessoa de bem…acossados pelo descalabro das contas públicas,  corroídos pela corrupção, quebraram contratos e promessas, cortando salários e pensões, atiçando pessoas contra pessoas numa divisão atípica de mais ricos e menos ricos dos pobres…
A ideia de riqueza associada ao dinheiro, ao ouro, à posse de bens móveis e imóveis  acumulada por usurpação das mais-valias geradas pelo trabalho, na especulação das bolsas e na engrenagem complexa de empréstimos públicos a privados, a juro baixo, que por sua vez emprestam aos estados a juros superiores, alavancados na segurança internacional que se solidariza com o esquema, está posta em causa por uma sociedade humana, descrente da via do ter a todo o custo e carenciada de amor…
A justiça, pensada para ser administrada com equidade, é uma falácia, porque o poder de litigância está reservado, apenas, aos detentores de riqueza material e influência política ou de corporação.
A economia definha, endividada, sem compradores, nem ideias que permitam a sua conversão para uma base sustentável e de valia humana, dissimula-se num crescendo da economia paralela, livre de impostos e de fiscalização, permissivamente instalada para suprir as dificuldades da economia organizada, que se julga serem de curta duração, e porque é uma fonte fiável de corrupção activa, além de via fortificada para impedir a revolta generalizada das populações, o biscate não paga impostos e retém as pessoas na acomodação de suas casas. Os bens transaccionáveis não o são pelo seu valor intrínseco ou de mercado, mas pela especulação financeira…fabrica-se mais do que é possível consumir…com o resultado nefasto do aumento do desperdício....da criação de excedentes que mais tarde ou mais cedo engrossam o negócio das sucatas.
O comércio florescente de estupefacientes, não tem paralelo com qualquer outro tipo de actividade humana lucrativa…assenta, sobretudo, na proibição da venda e do consumo e na sua criminalização…enquanto for proibido a procura cresce, o preço aumenta…enquanto for proibido, aumenta a sedução para o consumo, apresentada como um método eficaz para resolver as carências de todos os níveis do pensamento humano…acredita-se que as medidas punitivas, contra o tráfico, nascem duma comparticipação mútua de interesses públicos e privados ...as insuficiências, o abandono, a indiferença, a injustiça, a falta de estímulo, são supridas com a tomada de drogas…os lucros divididos geram um fabuloso enriquecimento ilícito, contra o qual se recusa legislar...
O amor como moeda de troca galvaniza as emoções dos que já nada têm a perder, por mera curiosidade intelectual ou por convicção filosófica…”Antes Pastores da Lusitânia Que Vitimas da Tirania” é uma expressão que ganha adeptos, entre os desesperados, ao verem as suas vidas trespassadas, por violentas medidas discricionárias, acompanhadas da exorbitação do medo e das restrições ao livre desenvolvimento das pessoas.
É neste clima cataclítico, que nasce um novo ano, onde as perspectivas animadoras e de esperança, são uma miragem...a juntar à pilhagem perpetrada por este governo em 2012 e face ao que se preparam para pilhar em 2013 e seguintes, em breve Portugal estará  de novo "Orgulhosamente Só"...sem direito à greve, a bem da nação...sem horário de trabalho, a bem da nação...sem convenções de trabalho, a bem da nação...sem liberdade de expressão, a bem da nação, sem mínimos salariais, a bem da nação...sem cuidados médicos essenciais, a bem da nação...sem escolas para todos, a bem da nação...sem liberdade de expressão e de reunião, a bem da nação...sem economia nem trabalho, a bem da nação...em breve voltarão os tribunais de excepção e não tarda, será referendada uma nova constituição...tudo a bem da nação...
Antes Pastor da Lusitânia que vítima desta tirania...
Que o novo ano de 2013 traga à gente Portuguesa o sentido do significado de Nação, que os dicionários traduzem como Povo...
autor: jrg
04
Nov12

REPORTAGEM (?) de Carlos Fragata...seguido de O OLHAR DO POETA (!) de jrg

NEOABJECCIONISMO

 

imagem pública tirada da net


***

REPORTAGEM (?)

Numa manhã de Outono, sem sinal
Que lhe denunciasse a intenção,
Quis o povo que, com revolução,

Se devolvesse a honra a Portugal.

Se não crêem na minha descrição,
Façam das entrelinhas edital
E leiam, quando virem que é real,
Pois isto não é só suposição...

É descrição fiel do sucedido
Numa manhã de Outono, pardacenta
E de anotá-lo fui eu incumbido:

-Capturámos duzentos e oitenta;
O resto, pelo pânico tolhido,
Entregou-se (são cerca de setenta).

Carlos Fragata

***

O OLHAR DO POETA!
*
assim se escreva hoje e doravante
da pena do poeta com amor
a revolução seja um grito  instante
Outono ou Verão sem pavor
*
assim se leia a entrelinha do soneto
que o povo resgatou a honra
numa manhã coragem saiu do gueto
e prendeu a gatunagem, porra!
*
já não era sem tempo diz o poeta
deveras que tal aconteceu
já a malta desesperava sem cheta
_
a noite fora de espera noite de breu
onde a ladroagem s'acoberta
piedade pediam a quem os prendeu
*
autor: jrg
22
Out12

PROFECIAS !...

NEOABJECCIONISMO
imagem pública tirada da net
*
PROFECIAS
**
a estrela sol
a lua
a terra
as ninfas musas tágides
a natureza
a quietude mulher
a firmeza
*
navegar pela memória
bem adentro
no interior da alma
a esbarrar
no sem sentido que é
a vida assim
imersa em violência
*
o iluminismo
a despertar a consciência
o homem ínfimo
a infinitude de ser mulher
o pesadelo
a ganância efémera cobiça
o sonho de viver
*
de repente sob a luz do caos
quando já tudo ruía
a esperança d'alma a emergir
eis que um clarão
dissipa o mistério a sonolência
de onde brota
a ideia nova a nítida visão
*
a pureza da água
a lucidez
a acordar a alegria
a brisa mansa
a ardência da agonia
a aterragem
a irreverente rebeldia
*
emerge uma livre-pensadora
e outra já esquecida
e tantas mais que o homem silenciara
ao som diáfano
de intrépida e vibrante sinfonia
limpam de putrefactas
as ideias onde o homem as prendia
*
caem castelos da arrogância
dissolvem medos
arrasam ódios preconceitos
e sistemas viciados
instituem a ordem do amor
a partilha da fome
não há mais direito a sossegar
autor: jrg
11
Out12

DIZER POESIA - JOÃO RAIMUNDO GONÇALVES...por ISABEL BRANCO

NEOABJECCIONISMO

*
E SE DE REPENTE

 

ME FECHASSE PARA BALANÇO?

 

***

de repente

 

enquanto à volta os meus passos
movimentam
tudo o que em mim é movimento
acho-me a pensar
que não tenho mais nada a dizer
depois do que disse
de tanto dito que li em meu redor
já só me falta não ser
na imensidão do mar eu abismo
sem sol nem luar
*
de repente
um desejo impetuoso de parar
ficar quieto
como uma maioria absoluta
a definhar
olhando sem ver o louco a louca
vicejando ao alvorecer
em cada esquina da vida a decantar
aforismos poemas
e causas tremendas horríveis
a doer-me de amar
*
de repente
tudo o que disse me soa a nada
vácuo vão inútil
de tanto pensar ensandeci de amor
pedra pesada
que não chega ao cimo da montanha
a meio descamba
e arrasta o que me resta de ter sido
coragem esperança
com a memória ainda em sangue
tão desventrada
*
de repente
não tenho deus nem pátria
nem família ou amigos
pés ou mãos que me aconcheguem
todos me calam
na profundidade de absurdos segredos
e se escudam
na promiscuidade da minha evidência
árida estéril imbecil
a propagar que já não tenho medos
para onde fugir
*
de repente
se um doce veneno uma picada indolor
um terramoto uma avalanche
de ideias consecutivas me acudissem
sem ter que perder
nem explicar-me a decisão de sair
de não mais dizer
que abomino o clamor deste silêncio
de onde teimo gritar
aos meus próprios passos que me sitiam
a alma surpreendida
*
de repente
uma vontade indomável de apagar
o que me identifica
lunático a acreditar na falsa esperança
que amar é dor que amor alcança
e a não querer ver a materialização fatal
que me e nos condena
à servil condição de sonhadores
de criar sonhos especular
sabendo de antemão que não vale mais a pena
viver nesta agonia a adiar
*
de repente
desligo o botão que me liga à máquina
e permito que o meu silêncio
seja também ele um grito fantástico
a ecoar nas almas em espertina
ninguém dará por nada tão de súbito
como a luz que se apaga
fica ainda a claridade do apagão a confundir-nos
sinto a leveza da queda
neste abismo que é o não ser em absoluto
depois volto à normalidade de viver
**
como se nada tivesse acontecido!!!

 


 

autor: jrg

***


REGURGITAR AMOR...


**
Imagino a gruta
para onde te levo
sob a falésia os arbustos
o aroma das urzes
onde te rimo com mar
e o mar de tanto amar
tão teu e meu a dor
*
lembro o sonho
de amantes sem segredos
enrolados nos corpos
possessos de beijos
para diversão das almas
que sabiam
da efemeridade dos medos
*
evoco da memória
que havia escondido no sonho
um pesadelo activado
porque amavas demais
um outro que em mim achavas
tão parecido ou crente a jeito
no sonho feito segredo
*
recordo o meu o teu
desinquietado desassossego
por onde desvairados
nos amamos sem pudor os corpos
por entre manchas de ternura
lágrimas compulsivas
de sal e mel te escorriam
*
regurgito onde te memorizo
o grito o gesto subil o cheiro
as palavras que disseste
de amor sentido meu degredo
e da vontade que é partir
ao teu e meu encontro
dizer-te que não tenhas medo
*
autor: JRG
29
Set12

AS TÁGIDES VOLTARAM!

NEOABJECCIONISMO
cópia de tela de Nadir Afonso
**
AS TÁGIDES VOLTARAM!
**
prostrado à beira do Tejo
os meus olhos
procuram as Tágides antigas
tão de tanto belas
para que me sorriam
perfumadas
em aromas de poemas
*
tremelicam as luzes a norte
ao longo da marginal
pela fresca brisa beijadas
nada na negra noite
agita a mansidão das ondas do rio
que me refrescam
o lânguido pensamento
*
as Tágides morreram todas
fantasias de poetas
que nelas viam os sorrisos
da alta inspiração
doutro mote se faz agora
a terna poesia
uma flor uma ave ou mulher
*
estou às portas da cidade
escrevo e pinto
enrolado nos sons da melodia
que tem Lisboa
sobre os escombros onde sinto
sonhos de fantasia
num grito que em mim ecoa
*
ninguém sabe de que morreram
as Tágides  amorosas
ninfas do Tejo manjares
de poetas e poetisas
que naufragavam para serem amadas
nos cânticos e preces
amontoadas em orgias nocturnas
*
um rumorejo nas lisas águas
uma barbatana caudal
cabelos longos enrolados em rosas
Tágides ninfas ou musas
de versos cadastrados em sítios
seios cobertos de espuma
e sorrisos são elas as Tágides voltaram!
**
sulcam as águas da esperança
de onde vieram não sei
sobem o rio coloridas são amores
que o mar arrasta p'ra foz
saltam remoinhos reencontro de correntes
adamastores rendidos
aportam a Lisboa a acordar
autor: jrg
18
Set12

EMBOSCADA INVERSA !

NEOABJECCIONISMO
foto do blog memória visual
**
EMBOSCADA INVERSA!
***
tinham picado a via
com varas de ferro ou aço que nas mãos tremiam
a cada passo medido em sofrimento
a alma pulsava dentro bem que a sentia
na frente iam milícias que mal se viam
mais longe andava perdido o seu pensamento
quando foi dada por finda a pica do dia
*
o grupo emboscou na floresta
dum lado da via à espreita de alguma ousadia
que o inimigo era tido de ingénua coragem
milhares de mosquitos no pescoço faziam a festa
aves e macacos agitavam folhagem na ramaria
nem brisa só fogo solar na sombra d'aragem
no silêncio mortífero do tempo que ainda resta
*
um ruído de motores assinala
a coluna de víveres que pachorrentamente chega
avançam exaustos por tanto descanso
o sol vai a pino no verde das árvores que o silêncio abala
sobem para as viaturas confiança sôfrega
a guerrilha é uma guerra sem tréguas não penso avanço
os macacos riem ou choram? em traje de gala
*
um estrondo boooommm tão súbito
mesmo na frente da viatura onde eu seguia encolhido
achei-me no chão entre vozes e os outros
a apalpar o meu corpo coração cabeça o fémur o cubito
a ver se por dentro tudo fazia sentido
e disparei para o ar tiros de raiva aos olhos dos monstros
sem entender o motivo porque me agito
*
não deu tempo ao silêncio o grito
dum jovem quase perfeito de joelhos fendidos
quero ver meu filho não me deixem morrer
mas era tarde e ele apenas só um homem aflito
a vida por um fio os socorros pedidos
quero ver o meu filho não me deixem morrer
a ecoar no tempo e no espaço restrito
*
ontem a guerra hoje o grito de revolta
a dois tempos um só povo grita a sua indignação
o comandante não pergunta se alguém morreu
nem os líderes se inquietam do grito de hoje à solta
apenas quantas as medidas que passam de mão
ou quantas munições ou viaturas se perderam no breu
quanto saber de ser ainda nos falta
*
e África ali entre poeiras de pólvora
 com Lisboa dos ditadores ontem hoje desalvorada
puxa culatra preme gatilho safa dos bastões
a mina e a mentira dum lado e doutro da metáfora
 não é a noite que enriquece a madrugada
ontem um grito sobre a morte acordou as emoções
 hoje um grito de esperança:vão embora
 
autor: jrg
09
Set12

!INUNDAR LISBOA COM O SILÊNCIO DOS CORPOS!

NEOABJECCIONISMO

imagem pública tirada da net
***
«««//»»»
Força companheiras...Força companheiros...
inundemos Lisboa com o nosso silêncio...
e quando Lisboa estiver suficientemente cheia...
a transbordar do país real que somos...
enlacemos nossas mãos como correntes...
e acampemos no chão da cidade...
até que seja de novo Primavera nas nossas vidas...
as Pensionistas....os Pensionistas,
de cadeira de rodas...de bengala...de rastos... 
vitimas indefesas desta associação criminosa de governo....
as desempregadas...os desempregados, 
com dever de apresentação periódico como criminosos
presas encurraladas desta associação criminosa de governo...
as estudantes...os estudantes...
tratados como gado miúdo e como indigentes
por esta associação criminosa de governo
as médicas os médicos as enfermeiras os enfermeiros
destituídos do seu valor arrolados à peça
por esta associação criminosa de governo que os sufoca de trabalho
as professoras...os professores...despedidos
massacrados na sua interioridade pedagógica
menosprezados violentamente por esta associação criminosa de governo
as funcionárias...os funcionários públicos...
atingidos na sua dignidade humana atirados como bode expiatório
por esta associação criminosa de governo
as juízas... os juízes... desautorizados
pelas leis discricionárias desta associação criminosa de governo
os ainda empregados em geral apanhados nas malhas
cada vez mais apertadas da pilhagem
por esta associação criminosa de governo

e as poetisas...e os poetas
as artistas...os artistas... das artes e de espectáculo
as pensadoras...os pensadores
que pensam e trabalham a ideia que sucederá
a esta ditadura criminosa de governo
Unidos em União de Facto...solidária e humanitária
a uma só voz a uma só alma
porque o que está em risco é a nossa liberdade de viver
pela continuidade da paz e do amor no lugar onde vivemos
pela liberdade de pensamento e criação
pela restituição da alma que esta associação criminosa de governo nos roubou
por uma nova organização social e humana e tendo como princípio
e base de sustentação filosófica a visão Feminina da vida
por um Novo Humanismo onde o conceito de riqueza não seja o ouro mas tão só o amor
por uma nova constituição, sem artigos e alíneas ardilosos
que regule a convivência harmoniosa dos diversos grupos e etnias
com real justiça nos diversos domínios da actividade humana
pelo direito a uma educação Universal e direccionada para o conhecimento
inundemos Lisboa com o silêncio dos nossos corpos
e o grito indignado da nossa alma humana!
autor: jrg
(aprendiz de poeta,reformado,logo,apátrida, segundo esta associação criminosa de governo...e cidadão da MÁTRIA em construção...pela via Matriarcal)
07
Set12

TRAFARIA ou o MITO DA ESPERANÇA MORTA!

NEOABJECCIONISMO
imagem pública tirada da net

«««//»»»
TRAFARIA ou o 
MITO DA ESPERANÇA MORTA
***

a vila pasma moribunda
de silêncio frente a Lisboa adormecida
um barco de pesca atraca sem ruído
no cais da lota enquanto o país se afunda
grita a gaivota alerta à vida
na mansidão do Tejo ouço um vagido
é a esperança que minh'alma ronda
*
é tempo de incendiarmos as palavras
inflamá-las de coragem e amor
e atirá-las sobre os vermes que avançam
incólumes sobre a terra que lavras
pela planície humana apavorada uma flor
que ao soprar dos ventos ranjam
as portas que na tua alma de combate abras
*
cheira a pólvora seca
fulminante ou rastilhos de uma revolta
explodem palavras obscenas
na vila onde um vagabundo disseca
a vida que parou à sua volta
caras vermelhas de indignação serenas
pela sordidez do poder à solta
*
é preciso salvar a esperança
vitima de minorias absolutas obscuras
dada à praia ainda em agonia
se for preciso convoquemos uma criança
ou mulheres livres de roupas escuras
para comandar a força da nossa cobardia
a vila treme a ver se Lisboa avança
*
e é todo um clamor a norte a sul
de mães e filhos saídas do silêncio a acordar
fecharam escolas asilos e tavernas
a estrada tomou da luz a cor do céu azul
fábricas escritórios bancos a encerrar
porque a esperança é o que faz andar as pernas
é a alma de viver fora do casul (o)
*
marcham bombeiros e polícias à paisana
chegam à vila dos passos os rumores
das vozes saem cânticos de esperança a renascer
Lisboa a fervilhar de emoção abana
é um país que se agiganta sem medos nem temores
por uma vez a verdade sem mentira vai vencer
num volte face sobre a loucura agreste e desumana
*
quem disse que a esperança morreu
ou que o silêncio a mataria por demência
não viu que havia gente a pensar
nem o ventre da mulher onde ela renasceu
só havia nas crianças essa consciência
quando sorriam sobre a tristeza dum povo a definhar
Vitória! em Portugal a Primavera amanheceu!

autor: jrg
23
Ago12

E SE DE REPENTE ME FECHASSE PARA BALANÇO?

NEOABJECCIONISMO

imagem pública tirada da net
**
E SE DE REPENTE
ME FECHASSE PARA BALANÇO?
***
de repente
enquanto à volta os meus passos
movimentam
tudo o que em mim é movimento
acho-me a pensar
que não tenho mais nada a dizer
depois do que disse
de tanto dito que li em meu redor
já só me falta não ser
na imensidão do mar eu abismo
sem sol nem luar
*
de repente
um desejo impetuoso de parar
ficar quieto
como uma maioria absoluta
a definhar
olhando sem ver o louco a louca
vicejando ao alvorecer
em cada esquina da vida a decantar
aforismos poemas
e causas tremendas horríveis
a doer-me de amar
*
de repente
tudo o que disse me soa a nada
vácuo vão inútil
de tanto pensar ensandeci de amor
pedra pesada
que não chega ao cimo da montanha
a meio descamba
e arrasta o que me resta de ter sido
coragem esperança
com a memória ainda em sangue
tão desventrada
*
de repente
não tenho deus nem pátria
nem família ou amigos
pés ou mãos que me aconcheguem
todos me calam
na profundidade de absurdos segredos
e se escudam
na promiscuidade da minha evidência
árida estéril imbecil
a propagar que já não tenho medos
para onde fugir
*
de repente
se um doce veneno uma picada indolor
um terramoto uma avalanche
de ideias consecutivas me acudissem
sem ter que perder
nem explicar-me a decisão de sair
de não mais dizer
que abomino o clamor deste silêncio
de onde teimo gritar
aos meus próprios passos que me sitiam
a alma surpreendida
*
de repente
uma vontade indomável de apagar
o que me identifica
lunático a acreditar na falsa esperança
que amar é dor que amor alcança
e a não querer ver a materialização fatal
que me e nos condena
à servil condição de sonhadores
de criar sonhos especular
sabendo de antemão que não vale mais a pena
viver nesta agonia a adiar
*
de repente
desligo o botão que me liga à máquina
e permito que o meu silêncio
seja também ele um grito fantástico
a ecoar nas almas em espertina
ninguém dará por nada tão de súbito
como a luz que se apaga
fica ainda a claridade do apagão a confundir-nos
sinto a leveza da queda
neste abismo que é o não ser em absoluto
depois volto à normalidade de viver
**
como se nada tivesse acontecido!!!
autor: jrg

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