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NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

16
Fev24

DISSESTE-ME...!!!

NEOABJECCIONISMO

 

Este poema foi escrito para a primavera de 2015
Que nos livraria do terror da governação PSD...PAF
ALIANÇA TOTALITÁRIA...
 
DISSESTE-ME...
*
disseste-me
que em Março era Primavera
e faltava tanto tempo
contei os dias que pareciam anos
e eram apenas dias
mas sendo tantas as palavras e os actos
que torturavam minha alma
eu que temia não ter tempo de alcançá-la
mitigado na afronta
que o poder dos deuses me infligia
*
disseste-me
que uma nuvem de esperança
um novo humanismo
vestido com a sabedoria feminina
aniquilaria os tiranos
com um toque cósmico de consciência
olhei o céu segui
a rota dos ventos de correntes de marés
e eram negras as nuvens
no silêncio compacto do meu grito
*
disseste-me
não desistas nunca de sonhar
sem dizer que sonhaste
não vá o papão acordar e taxar os teus sonhos
ergue um muro de coragem
à volta das oníricas instantes imagens
aperta mãos cinge corações
agita pensamentos almas profecias
onde houver gente a dormir
ateia fogos de revolta que fertilizem liberdade
*
disseste-me
que em Março renascia a Primavera
sublime de encanto paz amor
envolta num sol resplandecente de luz
rompendo a treva o pesadelo
mas tarda estou descompensado em agonia
faminto de decência e de justiça
carente dos valores que dão sentido à vida
apetece-me não ser desta espécie
emigrar a alma deixando o corpo apodrecer
*
disseste-me
não partas precisamos de ti à mesa
onde celebraremos a vitória
envenenámos o sangue que eles nos beberam
não tarda suplicarão a sua morte
vomitarão a nossa dignidade que engoliram
asfixiados na mentira
precisamos de ti no banquete à despedida
na toca das feras desavindas
põe a mesa e dispersa o pão e a água
*
disseste-me
bem te ouvi amiga vigorosas as palavras
mas eu já estava amortalhado
amanhã seria já tarde porque era ontem o tempo
da orgia sangrenta à liberdade
abriste um hiato na treva que então me levava
átomos de luz catárticos
porque eu era como os demais desesperados
eu era o desperdício
pela bandidagem de governo descarnado
*
disseste-me
levanta-te a Primavera está à tua espera
refulge no acordar da madrugada
tantas amigas em volta me encarnando
era delas o pensamento novo
lusas gregas d'itália francesas e espanholas
eslavas hindus americanas chinocas
árabes oceânicas numa tela gigantesca a adejar
acreditei de novo agora com sentido
era de África o som que ouvia vindo do passado
jrg/SamuelDabó
***
Poema inserido no livro "A Insurreição das PALAVRAS" de João Raimundo Gonçalves, edição 2013 Edições Vieira da Silva.
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