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NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

29
Nov11

EM MEMÓRIA...FERNANDO PESSOA...

NEOABJECCIONISMO
foto pública da net...arca de Pessoa
{#emotions_dlg.blueflower}
EM MEMÓRIA...F.PESSOA
***
se eu Pessoa soubera
de quanta gente em mim rendida
ágil de interpretação
alvo de estudo e orgulho pudera
no meu desassossego a vida
poupar-me a glória da frustração
a que a morte me rendera
*
podia o álcool sufragar
a lírica ou a face de heterónimos
rendidos aos mistérios
da alma criadora adejando sobre mar
onerada de neurónios
de mensagens avessas a prémios
soubera eu Pessoa encontrar
*
mas sobreveio a morte
devastadora de sangue a borbulhar
e a todos levou duma assentada
todos os que eu sou Pessoa além da sorte
de ser nesta língua milenar
um pavio de gente sem amor nem amada
de onde vislumbrar meu norte
*
autor: jrg
27
Nov11

LISBOA A CIDADE...

NEOABJECCIONISMO
imagem de Barragon
*
LISBOA A CIDADE
***
de onde a vejo
Lisboa pelo sol recortada
entre torres e abismos
fecho os olhos a ver se almejo
sinal da alma apaixonada
que povoa o pensamento de lirismos
num abraço e doce beijo
**
como pontas aguçadas
as torres solitárias do Restelo
a Torre o Centro Cientifico
marcas de almas da vida já passadas
Miraflores e o Castelo
o rio que corre para o mar fatídico
e nem um ar de gentes apressadas
**
nada no murmúrio do vento
a cidade fervilha de silêncio subterrânea
a ensaiar um grito de esperança
ou de amor que satisfaça a contento
a frieza d'oratória em litania
que resiste à crueldade da temperança
despida de sentimento
**
à esquerda a linha
no esplendor da luz majestosa
bafejando palácios e gentios
numa partida de golfe onde se cozinha
e tece a teia densa pegajosa
que prende a alma humana pelos fios
na avidez torpe e comezinha
**
de onde a vejo
Lisboa imensa a Capital do reino
ainda aurífera de vã beleza
a percorrer os túneis por um doce beijo
de raros amantes em retiro
sem o aroma de violetas com tristeza
a reprimir o sonho no desejo
**
é tudo falso e consentido
na revolta por ter medo na manifestação
no manifesto a sombreado
há em Lisboa a marca subjacente ao alarido
que enegrece de humanidade o coração
que quebra no ânimo insurrecto o almejado
acontecer do tempo renascido
**
alongo a vista a ver se alcanço
dentro das casas vazias de alegre sorriso
um movimento do inconsciente
um riso transparente de criança e logo avanço
armado do amor de que preciso
a despertar do sono a letargia permanente
onde a cidade mergulha sem descanso
**
autor: jrg
15
Nov11

SENSIBILIDADES...AS MÃOS...

NEOABJECCIONISMO
SENSIBILIDADES...
AS MÃOS..
*

Ela

os teus dedos
tocam meus lábios
os olhos
escorrem das faces
o pescoço
a nuca dedos
leves macios

Ele

consigo sentir-te
verdadeira
estremecer a cada toque
odorífera
sorrisos suspiros
que os teus olhos respiram
brilhantes

Ela

despertas ânsias doces
em mim ardente
quando os teus olhos
nos meus
como se quisessem
absorver-me
inteira

Ele

porque te sinto
de dentro
as tuas mãos trémulas
te entregando
subtil carícia poros
grito de silêncio
a tornear-me o corpo

Ela

nos meus seios
ainda os teus dedos
profundo delírio
a encontrarem-me
na derradeira dimensão
de ser mulher
quase tão absoluta

Ele

porque te tomo
momento de fascínio
corrente de absurda energia
algo maior suave
a saber de ti
a levar-te noticias
de partículas

Ela

como sabes de tudo eu
do que gosto
a contenção do desejo
apenas as mãos
os dedos sobre a pele
livres confiantes
arrepiados de prazer eu

Ele

há a ternura
no fundo dos teus olhos
os teus lábios
ao de leve nos meus
resisto húmidos
nervosos apalpando caminhos
exalando odores

Ela

não me perguntes se gosto
sabê-lo-emos sei
porque não há mentiras de verdade
deixo-me sentir
deixo-te sentires-me
a sentir-te
no meu absoluto

autor: jrg
12
Nov11

POR UM NOVO HUMANISMO...

NEOABJECCIONISMO
imagem pública tirada da net
*
POR UM NOVO HUMANISMO...

*
Assim como a mulher tantas vezes cala a violência física e psicológica que a vitimiza da sua dignidade, face à indiferença da justiça que condena o agressor à proibição de se aproximar da vitima..., como se fosse racionalmente possível proibir o lobo de se aproximar do
cordeiro, também a abstenção nos diversos actos eleitorais, é a forma silenciosa de protestar um sistema que, de mudança em mudança, de crise em crise, se afunda e se aproxima da falência sistémica de que se consubstancia...dentro do conceito Patriarcal das sociedades
humanas...
*
A situação social que se vive hoje em Portugal é ultrajante e deriva dos preconceitos globais quanto à forma do ser...sendo que o ser se desenvolve em consonância com o aspecto envolvente com que se cruza...limitá-lo...circunscrevê-lo em asfixiantes conceitos, é uma forma de desumanizar a espécie...condenando-a à extinção...
*
Os conceitos e os pré-conceitos, têm o valor que a oportunidade lhes confere...na lei são litigados em nome de novos valores que se citam no momento e da estabilidade política e social das Nações...alteram-se segundo a conveniência da interpretação...ao ponto de hoje termos em Portugal um presidente da república , eleito por menos de metade da população...um governo eleito por menos de metade da população...uma assembleia legislativa eleita por menos de metade da população...desconsiderando-se aqueles que se abstiveram, por descrença no sistema mas que não têm uma alternativa credível que possam sufragar...ao mesmo tempo que se aplaude os que se abstêm de votar contra, na farsa de votar os instrumentos de tortura orçamental, dignos do esclavagismo...
*
É porque penso na inevitabilidade duma nova forma de humanismo...onde a mulher...ou MÁTRIA assuma a sua inteireza humana, num sistema geneticamente justo de matriarcado que vos proponho a reflexão profunda da humanidade, desde as suas mais remotas origens conhecidas....A MÁTRIA é uma revolução das mentalidades...é o passo seguinte a esta complacência masculina de igualdade de género, na generalidade...mas sob domínio Patriarcal na sua singularidade...
*
O passo seguinte é a abolição total do conceito masculino da história...preparar, discutindo, uma constituição  que reconheça a alma humana no seu todo, como parte da administração da humanidade...uma constituição que contemple na sua essência, a dimensão feminina no seu todo, porque só a mulher gera e cria toda a criatura...uma constituição saída da discussão pública e não confeccionada no recato dos gabinetes...uma constituição onde homens e mulheres sejam uma só alma em defesa dos direitos humanos fundamentais e no respeito pelos valores da natureza inter-planetária...
*
autor: jrg

09
Nov11

INFÂNCIA...

NEOABJECCIONISMO

 

imagem pública tirada da net

*

INFÂNCIA

*

cresci
entre a avidez do mar
e a terra solidária


a terra
úbere promíscua dádiva
de humana paridade


o mar
esparso provocador da inveja
no movimento da maré


os rudes
elementos que no fogo da alma
contrariam raciocínios


vivi
num absurdo de aprender
a ignorância prendada


achei
numa nesga de tempo a vagar
a memória do homem

amo
o sonho em versão acordada
quando o cérebro da alma se afoita


eis-me
em pleno desespero à procura
dum sentido para ser indiferente

grito
à insensatez que me ultraja
me esventra as entranhas e as rasga


alento
num ser mulher a Mátria esperança
numa menina a acontecer


autor: jrg 

05
Nov11

A CAVERNA DA SOLIDÃO...

NEOABJECCIONISMO
imagem pública tirada da net
**
A CAVERNA DA SOLIDÃO
**
um homem caminha sozinho
sem rasto deixou a tribo
onde nada mais o alimenta
metido num remoinho
leva água dor e pão de trigo
já que a morte não atenta

cansou de viver amansado
na ordem que esconde a vida
salvou-se num agueiro
um dia pelo gás foi atentado
nem a guerra atrevida
quis da morte um ser inteiro

roubaram já no fim a dignidade
que todo o homem tem
lutou com os meios mais ousados
sucumbio à desumanidade
de quem abjurou a própria mãe
fez das trevas seus pecados

procura na montanha antiga
do tempo da infância
a gruta ou caverna disfarçada
a ver o mar e a restinga
perfumado o ar de tal fragrância
a serenar a alma libertada

podia ter-se pelo fogo imolado
ou que a fome o mendigasse
podia ter semeado o pânico na cidade
seria preso talvez julgado
nada que a solidão atormentasse
o ser livre em plena liberdade

lá está intacto ainda o seu reduto
no horizonte o mar inteiro
fixa-o até que doa o alagamento
e pensa meditando o atributo
que é ser na solidão como um rafeiro
indiferente ao chamamento

a caverna é ampla está imunda
pejada de dejectos absurdos da civilização
por testemunho ali deixados
do homem que agora livre nela se afunda
entregue a alma à meditação
sobre despojos de sonhos inflamados

em volta há restos de lavoura
figueiras vides dispersas abandonadas
cantam as aves hinos de alegria
um riacho escorre pela terra duradoura
não há tempo nem horas prolongadas
viver agora é pura fantasia

não fazia sentido ser vitima da desordem
coberto pelo medo ao adormecer
manso ou soberbo no limiar dos sonhos abstractos
prisioneiro de conceitos que absorvem
a humanidade fria e sangrenta a se anoitecer
na revolta submissa de segredos intactos

junta gravetos acende o fogo à moda antiga
dois paus entrelaçados na memória
porque faz frio a noite desce do tempo em harmonia
já se não vê no mar a coroa da restinga
um homem só não faz girar a vida nem a história
mas pode escolher morrer sem agonia

ah fiquem com o ouro todo as propriedades
teias que teceram tão manhosas
os escravos romperam subtis lianas e grilhetas
livres das correntes saquearam cidades   
os detentores das verdades hipócritas ardilosas
jazem nas bermas de praias lamacentas

o homem voltou à pacatez da caverna
um brilho nos olhos da loucura
em fundo o mar azul aquém do horizonte
enroscado na sombra de árvore eterna
aspira com sofreguidão o cheiro da brisa pura
e deixa correr o pensamento a monte

autor: jrg

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