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NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

19
Fev11

C O N V I T E !...

NEOABJECCIONISMO

 

foto tirada da net

  

 

 {#emotions_dlg.bouquete}

 

 

se eu sentisse num momento
teu cheiro inebriante
minha alma em sentimento
seria da tua amante

 

se eu sentisse teu estremecer
pousando  levemente
meu corpo e o teu a amanhecer
no desejo da alma ardente

 

se eu sentisse a húmida emanação
por sobre o teu ventre
lava vulcânica  fogo explosão
talvez amor te soletre

 

se eu na bela tu mulher imaginar
entre mar azul e floresta verde
talvez sinta no êxtase do teu olhar
que meu desejo no teu se perde

 

se eu tivesse irreverente a ousadia
de ao teu mundo me juntar
tocando docemente a tua pele macia
e na tua alma me plantar

jrg

 

12
Fev11

NA PRAÇA TAHRIR A VITÓRIA DO AMOR

NEOABJECCIONISMO

 

imagem tirada da net

 

 

{#emotions_dlg.bouquete}

 

a Lótus florescerá no mistério do novo Egipto
por entre os corpos nus ensanguentados
sendo nesta mudança o que tanto tão de súbito
iluminará de esperança os mal amados

 

quando os povos tomam de si a consciência
da fragilidade de quem diz ter o poder
não temem antes reforçam toda a evidência
à morte sofrimento ao medo de perder

 

apetece lembrar a alma da revolta Francesa
o povo sitiado na tal comuna de Paris
as sufragistas na América da brutal riqueza
a revolta mental de 68 que também fiz

 

por todo o mundo o povo quando se desperta
e cansa da mentira  a máscara d'ilusão
avança sobre a tirania que a liberdade aperta
elege amor como força inteira da razão

 

foi assim Abril setenta em quatro em Portugal
na tragédia que vitimou povo em Timor
a luta dos sem terra no Brasil imenso colossal
porque os povos não vivem sem amor

 

fim à batota aos interesses de uns à corrupção
queremos ser na história interventores
não basta que o sangue aflua irrigue o coração
quando a mente se confunde de favores

 

a juventude  sem rumo inundou a praça Tahrir
um mar de gente confrontou os ditadores
bem sabemos quanto do sonho fica por cumprir
mas nada será igual na tenda dos horrores

 

bem sabemos que o poder politico organizado
se encarrega de mascarar estas conquistas
as culpas serão só do tirano ou do antepassado
as leis serão as mesmas ainda que revistas

 

pelo nu deserto onde as Pirâmides majestosas
são a memória da grandeza humana
floresçam plantas e flores de cores tão viçosas
que contagiem de odores a mente insana

  

autor: jrg (fevº 2011)

 

06
Fev11

TRILOGIA DA GLOBALIZAÇÃO!!!

NEOABJECCIONISMO

I
quando a loiça era areada
com a terra do chão
eis que a estrada asfaltada
nos deixa sem solução
***
é comprar máquina equipada
não custa um dinheirão
a prestações não dói quase nada
e poupas no coração
***
quando o comer era comprado
na medida da refeição
eis que o tempo ficou parado
sem hora para confecção
***
é comprar máquina de refrigerar
aumenta o espaço de lazer
não cansa uma vida por pagar
e amplia o total prazer
***
quando a roupa era bem lavada
n'água da chuva do juncal
enxuga e ao sol ser branqueada
secaram o pantanal
***
é comprar lava e seca numa só
pouco a pouco fica paga
não esfrega não apanha tanto pó
dura mais e não se estraga
***
II
quando o banho era em água aquecida
à semana que o tempo permitia
incutiram a limpeza diária apetecida
a pele tomou odores de apatia
***
é comprar apenas um clic no esquentador
num ano fica pago sem dar conta
se algo correr mal recorreremos ao fiador
mas Deus é grande compra e monta
***
quando andar a pé era exercício saudável
o piquenique o arco a peladinha
criaram a ambição de ter um automóvel
encheram cidades desta mesinha
***
é comprar está ao alcance da tua bolsa
não gasta aos cem a dinheirama
a vida são três dias que a morte acossa
mais vale abastança por derrama
***
quando ter sexo era de natureza virginal
e o casamento eterna fidelidade
incentivaram mudança mundano bacanal
sem ética ou critério de lealdade
***
é comprar amor à revelia mono parental
a fantasia a ilusão assim vendida
valem bem a submissão ao poder do capital
nesta ambição de viver desmedida
*****
III
quando a liberdade era condição humana
inventaram direitos de propriedade
para uns o todo material riqueza insana
para os demais o céu é a felicidade
***
quando a ideia de deus no mundo morreu
abalados pela fúria da multidão
enclausurados na riqueza já apodrecida
inventam usura prendem Prometeu
cessa a abastança exigem a paga da ilusão
sob pena do caos na terra vencida
***
quando no Planeta inteiro se ouve o clamor
contra insídia do poder descricionário
contra a nova escravatura eleger do amor
a real sabedoria ou era do visionário
***
quando promíscuos os cinco continentes
geridos por secretas sociedades
destruem de consenso florestas e animais
mudam fronteiras elegem tenentes
impõem regras geram tétricas calamidades
lançam desespero sobre os demais
***
é tempo do povo humano civil desobedecer
falar na hora a mesma linguagem
juntar o pensamento e de mãos dadas vencer
a letargia que ocultou sua coragem
***
por toda a parte onde a palavra se respira
um ramo de flores ou de floresta
uma miragem oceânica uma partícula de ar
pela mão de uma criança que aspira
em ser nesse mundo novo alguém que presta
e não podemos injustamente melindrar

autor: jrg

01
Fev11

PESCADOR

NEOABJECCIONISMO

 

 

josé raimundo

 

{#emotions_dlg.bouquete}

 

uma bitola de lei para a malha

camisa branca riscada

homem arte bastante que o valha

barrete e cinta borlada

**

os olhos azuis límpidos marinhos

o colete de cinza finório

as mãos ágeis os lábios mansinhos

o bigode farto notório

**

a pele morena tão de sol curtida

de rugas fundas sulcada

cruza pontos na memória contida

cresce o pano de rede cruzada

**

cisma sem cansar de tal sabedoria

mestre em artes de pesca

usa a arte milenar numa alegoria

de humano que o mar atesta

**

eis o homem anónimo um pescador

nasceu maré tempestuosa

afrontou o mar revolto foi remador

na noite do medo revoltosa

**

barco a baixo barco a cima possante

larga a rede e colhe o peixe

tudo a braços e pernas força andante

 dele não haja quem se queixe

**

fez amor na praia entre dunas gigantes

marialva no intervalo da faina

ondas e mulheres foram suas amantes

que a força da natureza amaina

**

tanta gente comeu do que ele pescou

no limite do tempo da discórdia

ainda foi pedinte porque então cegou

morreu só e de misericórdia

 

**

tomara eu ter sido como ele

um vagabundo do mar com eira e beira

senhor do vento que varre a pele

e não este arrastar estulta pasmaceira

**

autor: jrg

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