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NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

NEOABJECCIONISMO

O abjeccionismo baseia-se na resposta de cada um à pergunta: QUE PODE FAZER UM HOMEM DESESPERADO QUANDO O AR É UM VÓMITO E NÓS SERES ABJECTOS?- Pedro Oom .-As palavras são meras formalidades... O NEOABJECCIONISMO, n

30
Abr08

ZÉ DO PAPO - E OS AUMENTOS

NEOABJECCIONISMO

Sou vagabundo e estou-me cagando para o preço dos combustíveis . Tanto se me dá que subam três ou vinte cêntimos.

O governo também, apesar da fingida preocupação. Porque isto de automóveis para todos foi chão que já deu uvas. Vão-se foder . O governo já subsidia os transportes públicos.

 Quem não tem dinheiro que ande a pé, como eu. Nem percebo o porquê de tamanho alarido, hoje, logo pela manhã, nas rádios dos automóveis que passam. Três cêntimos de aumento é uma ninharia. Em dez litros não dá para um copo de vinho.

Quando eu tinha carro e estava incorporado na sociedade das boas práticas, se havia um aumento de combustíveis , formavam-se bichas, eu disse bichas? Pois, agora diz-se filas, para não ofender. Mas se bichas é o feminino de bichos e nós somos bichos, qual é o problema?

Agora, as pessoas nem dão pelos aumentos. É preciso ser amplamente divulgado, chamadas de atenção nas primeiras páginas. Entrevistas.

-Não. não dei por nada.

Pagam e não bufam. Nunca houve tanto dinheiro em circulação por tantas mãos. Bichas nas pontes. Bichas nas cidades maiores. Férias no estrangeiro e nem conhecem bem o bairro onde vivem.

Estamos a chegar ao fim duma etapa, mas eles não querem acreditar, continuam a foder -se uns aos outros. Isto da sociedade da abundância já não estica mais. Começa a não haver onde arrumar tanto desperdício , lixo, escória.

Os gajos tramam as gajas, as gajas tramam os gajos e chafurdam todos na mesma merda de sobes tu subo eu e que se fodam os sentimentos.

Por mim os preços podem subir todos até lhes tirar a tesão das grandezas. Só me preocupa o aumento de vagabundos. Aqui está uma inflação que me preocupa.

É endividarem-se. Os agiotas autorizados nunca ganharam tanto dinheiro e têm o apoio das instituições públicas.

Quando eu era parte, os agiotas levavam, por lei, um juro de oito por cento ao ano. Hoje, a agiotagem leva trinta por cento ao mês. Tudo facilidades. No fim é que é o caralho , na hora de pagar as várias facturas. E há gajas que têm que vender a cona para continuar a ter as mordomias e gajos que se deixam enrabar . Cada vez mais difícil , porque com tanta cona , no mercado da oferta e da procura, e pelos mais diversos motivos que vão da simples tesão ao endividamento insustentável, até as putas têm que variar a qualidade do serviço se querem sobreviver.

 

29
Abr08

IMAGEM DO DIA

NEOABJECCIONISMO

Alberto João Jardim, afogueado, vermelho o rosto balofo, estremecendo como gelatina de morango, a anunciar solenemente a uma selecção de jornalistas, que até dia  X dirá se vai ser candidato a presidente do PSD.

Os vagabundos do povo, aterrados, esperam que seja mais um bluf. Que não vai acontecer, e não acontecendo, não há hipótese de ganhar, e não ganhando, as cidades, as vilas e aldeias ficarão imunes à sua megalomania faustosa de transformar tudo em riqueza de e para grupo.

Até os vagabundos.

28
Abr08

ZÉ DO PAPO-O ERRADIO MAL CHEIROSO NUM DIA DE SORTE

NEOABJECCIONISMO

Zé do papo, o vagabundo glorioso que varria, quer dizer, andava por, toda a cidade, mais propriamente as partes mais nobres, da cidade, soletrando palavras obscenas e outras não tanto, em sussurros arfantes pelo cansaço de andarilho, catando aqui ou ali, alimento, objectos que lhe fossem úteis, favores subtis, encapotados de altiva sobriedade.

O que lhe dava mais gozo não era uma foda em qualquer gaja bem parecida que se enamorasse, enjeitada, das sua parcas qualidades atractivas, como ouvia a alguns basófias , nas noites sem chuva. O que lhe dava verdadeiramente um gozo de morrer a rir, de se peidar em jeito de fogo de artificio, era a imagem aflita dum ricaço, em carro de alto gabarito, entreabrindo a janela, um fio de espaço para deixar passar a voz melosa, a pedir-lhe, a ele Zé do papo, que arrastasse aquele caixote do lixo à entrada da garagem, para que a bomba de carro não saísse beliscado, e a corromper a liberdade da sua decisão com uma moeda reluzente, ouro e prata fingidos, por entre os dedos banhosos , da mão direita, sem anéis , no pequeno espaço aberto na medida certa para que os dedos dele não tocassem os do Zé, erradio e do papo. E o aroma dos seu pés não maculassem as ideias que acumulara.

-Zé, chega-me aquele caixote para lá. Tens aqui uma moeda. Olha que são dois euros.

Cabriolou numa reviravolta, sacou a moeda e dum salto lesto de genuína infantilidade, deu um piparote no dito, que se tombou.

E sem mais ligar ao banhoso , Zé do papo, olhos sagazes na procura, uma sandes inacabada e mista, olaré. Catou, catou e não achou mais nada com interesse. Juntou o derrame que meteu no caixote e seguiu adiante, comendo e cantarolando.

Havia uma espécie de tasca, um café avacalhado, como diziam. E foi para lá que foi regar com vinho, do tinto, aquela meia sandes e um coto de banana, ainda com casca que por último quase se perdia.

Zé do papo tinha um aspecto asqueroso à vista e fedia uma mistura de cheiros e aromas de frutas e odores do corpo macerado pelo pó e falta de água potável e sabão.

Tomava um banho de quinze em quinze dias, no abrigo e, quando havia, mudava alguma roupa. A merda no corpo dava-lhe saúde. Dizia por entre os dentes podres, os lábios gretados, grossos.

Saíu da tasca, cambaleando. Apanhou do chão o resto de meio cigarro e dirigiu-se a uma mulher,à porta da loja, a fumar, pedindo lume.

Zé do papo mirou-a bem. Era bonita. Jovem. E tinha um corpo escultural. Uma calça justa ao corpo. A meio, o rego da cona em evidência, entre os lábios fartos, Um papo de cona descomunal. Fazia-lhe o minete , o lambete , o que ela quisesse . Os olhos raiados de luxúria e fixos na imagem que o caracterizava. Zé do papo. Pedindo-lhe lume, se fazia favor e ela, de pronto, oferecendo-lhe o isqueiro,  que ficasse com ele. E a meter-se na loja, a fugir-lhe. Os dentes podres. O sorriso rebarbativo.

Seguiu um cu bamboleante que passava, a cueca entalada no rego entre nádegas rijas, ou bem compartimentadas, a sobressair das calças brancas de tecido fino.

Era outra das suas paixões: os papos de cona e as cuecas à transparência de calças ou vestidos. Havia algumas sem cuecas e era a pintelheira farta o que Zé do papo sorvia nos olhos turvos e atormentava a mente com motivos escabrosos de fodas em turbilhão num qualquer vão de escada.

Caía a noite. Crescia a noite. Mais um copo e outro e outro. Hoje tivera muitas emoções e foi-se deitar, num recanto de prédio, onde guardava os preparos e uma cadela vadia lhe fazia companhia.

Deitou-se. Acendeu um coto de cigarro. A cadela chegou-se a ele, meiga, os olhos doces e tristes. Zé do papo esperava companhia. A Zarolha.

E veio, trôpega, chiando ais. Sentou-se no colchão junto dele, sem  se aperceber do vulto que já lá estava, adormecido. Zé do papo apalpou-a no escuro.

-És tu? Zarolha do caralho ?

-Sou, sou, meu cabrão.

Zé do papo achegou-se a ela, levantou-lhe a farripa de saia, aspirou o ar com sofreguidão, a mistura de cheiros, mijo, espermas ressequidos, sarro e enfiou-lhe o caralho há muito faminto das sórdidas investidas que aplacassem a loucura das visões diurnas.

Ela, a Zarolha, não deu por nada. A cona chocalhando de espermas antigos e recentes. E ele, arfando e peidando-se , adensando o ar de novos perfumes e vapores.

A cadela dormindo.

 

28
Abr08

O VÓMITO

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Um tipo, agoniou-se. Vomitou e atingiu um transeunte. Tirou a camisa e apressou-se a limpar o vómito. Voltou a vomitar e foi empurrado. Caíu de bruços. A cabeça nas pedras da calçada.

O sangue e o vómito misturados numa massa viscosa.

Um cão faminto lambe apressado a massa disforme que ameaça alastrar para a sargeta.

Alguém o tenta afastar. O cão revira o dente e rosna.

25
Abr08

O HÚMUS DO SEXO EM CHAMAS DE VOLÚPIA

NEOABJECCIONISMO

Estamos na área de fumadores do bar e os olhos dela não param de me fitar. Eu dou por isso porque fixo aqueles olhos de uma luminosidade intensa que me causam calafrios.

Entre dois golos da bebida excitante que tomamos ,meio sentados na berma do banco de tecido vermelho e negro, ela diz-me que o marido é um nojo.

Tinha montado um cenário de tal forma absurdo que ela tivera de recusar participar e saiu enojada.

-Queres contar como foi?

-Havia um tipo nosso conhecido que o enrabava , depois  de envolvidos em cheiros e músicas afrodisíacas . Depois o tipo tirava a picha e o meu marido chupava-lhe a picha .

-E o teu papel, qual era? Ver apenas, masturbar-te ?

Olhou-me, cortante. Os olhos dela são lâminas. Vorazes. Demónios. E os nossos corpos encostavam-se, quando ela teatralizava a conversa com gestos e movimentos de mímica audaz e inconclusiva.

-Não. A ideia era, o tipo enrabar o meu marido, O gajo chupava-lhe a picha e o outro voltava a enrabá-lo . O terceiro acto era onde eu entrava. Bahhhh .

E atirou-se para cima de mim, provocando um choque energético, a sua mão, na minha mão, babando-se de vinho, de mistura com a saliva esbranquiçada, pastosa.

-Eu devia começar por chupar a picha do tipo. Estás a ver o filme?

-Não.

-Oh! pá!

Os olhos vidrados. a boca pastosa. Um aroma fétido. Aposto que se peidoul . o ruído da música, a obrigar-nos a juntar os lábios de um com os ouvidos do outro.

-Ele ia ao cu ao meu marido, o canal da merda e eu chupava de seguida a picha emerdada .

Ri-me sem grande vontade. Mais pela entoação das palavras. Do ar enojado com que as dizia.

-Ah!, bom. Agora compreendo. É um bocadinho porco.

-Um bocadinho? Meu sacana.

E deu-me um encontrão que quase me atirou ao chão. Agarrou-se-me logo de seguida, amparando-nos, os seios dela entesados, não sei se de ordem natural ou silicónica , ou ainda por acção de aperto do sutiã ., encostados, pressionantes , no meu braço livre do copo.

-Ainda se fosse para me enfiar no cu. Sempre era  merda com merda .

Perdida de bêbada . E eu a caminho. A perder o pé ás bebidas já ingeridas. A achá-la bonita. A pensar papá-la em um qualquer recanto. Por mim seria ali mesmo, ensaiando uma dança de introdução fácil, na penumbra das luzes.

A minha mão a percorrer-lhe as pernas, uma e outra, arredando-as do caminho da  cona que me atraí  , oculta, ainda, mas presente na minha libido exaltada pelos vapores da bebida.

Eu, um homem de bem. Formado na academia, director de empresa. Divorciado repetente, à procura de satisfazer o impossível .

Ela, menina de bem e boas famílias. Era o que ela dizia. Putéfia!...  Em busca de emoções inacessíveis no meio desviante em que se inseria o seu casamento.

As cuecas rendadas a transvazar um liquido pegajoso. Húmus vaginal.  Esta gaja tem estado a ter orgasmos sucessivos enquanto fala comigo e se encosta no meu corpo, penso .

Sugar aquele sumo antes que seque. A ideia a fixar-se. A atormentar-me.

Levanto-me e pego na mão dela, com uma vénia real.

-Vamos?

E ela, lânguida pelos espasmos, a deixar-se conduzir. A agarrar-se ao meu braço, os seios duros de encontro ao meu braço. A libido. A minha e a dela em consonância de desejos.

Entrámos no carro, a custo e pouco depois, já no meu apartamento. A cama. O corpo dela em posição atrevida a apelar à minha criatividade. A roupa tirada com sofreguidão e atirada pelo ar  em apoteótica exaltação, os meus lábios beijando o clítoris , os lábios róseos da cona fervente e húmida, excessivamente húmida. As mãos dela agarradas aos meus cabelos, guiando os movimentos, contorcendo-se no fogo em que ardia toda ela. O cheiro do cio a abater-se nas minhas narinas ofegantes, o cu dela, abrindo e fechando em contracções cadenciadas. Oes seios eram mesmos rijos, tamanho médio, apetitosos.

O meu caralho a entrar na cona apetecida, as contracções de orgasmos múltiplos, a sugar-me. Muito dilatada Os meus dedos no cu dela a prepará-lo, a excitá-la até à rendição total.

O cu bem mais apertado, pleno de prazer e volúpia . Os dedos na cona dela, ardente ainda, a percorre-la em afagos calculados. A ejaculação anal, num clímax total, num supremo prazer de a ter tido como troféu da noite e ela a mim, lambendo-me a pila ainda hirta, as minhas mãos nos cabelos negros dela a guiar, agora eu, os seus movimentos oscilatórios. Já vencido, eu, e ela ainda sugando o esperma de mistura com a  sua própria merda .

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